ISTAMBUL (Reuters) - Ativistas pró-palestinos informaram nesta terça-feira que irão enviar navios este ano à Faixa de Gaza para tentar romper o bloqueio naval de Israel ao enclave, reprisando uma ação que quatro anos atrás terminou com fuzileiros israelenses abordando uma embarcação e matando nove turcos.
A Coalizão Flotilha da Liberdade, composta de 10 grupos de direitos humanos de 10 países, não especificou quantos navios irão partir ou quando.
Israel vê a Fundação de Alívio Humanitário (IHH, na sigla em inglês), sediada em Istambul e participante de destaque, como grupo terrorista.
"É de responsabilidade da sociedade civil desafiar este bloqueio… planejamos navegar para Gaza durante 2014", disse Ann Ighe, porta-voz sueca da coalizão, após uma reunião de ativistas pró-palestinos de 10 países na Turquia.
Israel, que está envolvido em conversas mediadas pelo Egito com o Hamas, grupo dominante em Gaza, para encerrar a guerra de um mês, repudiou o plano dos ativistas e deixou claro que o bloqueio será mantido.
"O bloqueio naval foi caracterizado como legal e legítimo pelas Nações Unidas. Ele está lá por causa do terror contra a população israelense", disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores Paul Hirschson.
Em 2010, o IHH liderou uma flotilha, incluindo o cruzeiro Mavi Marmara, que levava ajuda humanitária quando foi detida em águas internacionais pela marinha israelense.
(Reportagem de Ayla Jean Yackley e Dan Williams)